segunda-feira, 15 de março de 2010

A Importância da Comunhão


Dia desses cabia ao meu grupo ministrar os cantos na missa. Nos preparamos, escolhemos músicas e eis que, faltando cerca de 1h para o início da santa missa, veio a faltar luz.
Ficamos lá tocando canções da igreja enquanto aguardávamos o retorno da luz. Nossa paróquia é grande, há lugar para mais de 800 pessoas. Sem luz e com uma chuva muito forte que impedia que pessoas conseguissem chegar até a nossa paróquia, o padre decidiu por fechar a paróquia.
Eis que um amigo pediu: - Padre, quero comungar!
O padre imediatamente respondeu: - Vamos à capela! Lá darei a comunhão a todos que o desejarem!

Por que este desejo tão ardente de receber a comunhão?
Respondo com o Compendio do Catecismo da Igreja Católica o que é a Eucarístia para nós:
É fonte e cume da vida cristã. Na Eucaristia, atingem o auge a ação santificadora de Deus em nosso favor e o nosso culto para com Ele. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja: o próprio Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são significadas e realizadas na Eucaristia. Pela celebração eucarística unimo-nos desde já à liturgia do Céu e antecipamos a vida eterna. [1]

Jesus instituiu a Eucarístia na Quinta-Feira Santa, durante a ultima ceia ao dizer as seguintes palavras: «Tomai e comei todos: isto é o meu corpo entregue por vós» e «tomai e bebei todos: este é o cálice do meu sangue para a nova e eterna aliança, derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim». [2]
Observe que Jesus não fala: Isto é representa o meu corpo ou isto representa o meu sangue. Ele afirma: Este é meu corpo e este é o meu sangue.

Jesus Cristo está presente na Eucaristia de um modo único e incomparável. De fato, está presente de modo verdadeiro, real, substancial: com o seu Corpo e o seu Sangue, com a sua Alma e a sua Divindade. Nela está presente em modo sacramental, isto é, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho, Cristo completo: Deus e homem.
[3]

Durante a missa acontece a transubstanciação, que explico me valendo mais uma vez do CCIC: Transubstanciação significa a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue. Esta conversão realiza-se na oração eucarística mediante a eficácia da palavra de Cristo e a ação do Espírito Santo. Todavia as características sensíveis do pão e do vinho, isto é as «espécies eucarísticas», permanecem inalteradas.[4]

Considerando que Jesus está verdadeiramente presente nas espécies eucarísticas do pão e do vinho, podemos e devemos prestar o culto de adoração à Eucaristia.[5]

“Isto é o meu Corpo...”, e Jesus imolou-se, ocultando-se sob as espécies de pão. Agora está ali, com a sua Carne e com o Seu Sangue, com a sua Alma e com a sua Divindade: exatamente como no dia em que Tomé meteu os dedos em suas Chagas gloriosas. Contudo, em tantas ocasiões, tu passas ao largo, em esboçar sequer um breve cumprimento de simples cortesia, como fazes com qualquer pessoa conhecida que encontras de passagem. - Tens bastante menos fé que Tomé![6]

Roguemos à Deus para que o amor à Eucarístia nos faça sempre buscar ardentemente a sua presença e que jamais duvidemos da presença de Jesus nas espécies do pão e do vinho.

[1] CCIC - n. 274
[2] Bíblia Sagrada - Lc 22,14-20
[3] CCIC - n. 282
[4] CCIC - n. 283
[5] CCIC - n. 286 (Também chamada Adoração ao Santíssimo Sacramento)
[6] Escriva, Josemaria - Sulco, 684

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